O CQC é o meu programa de humor favorito. Além de melhorar significativamente minhas Segundas-feiras, acaba me atualizando sobre os diversos fatos, sobretudo, os políticos. Acredito, inclusive, que assistindo e me indignando com a falta de educação e absurdos feitos/ditos pelos nossos políticos, foi que me interessei mais pelo assunto, no sentido de tomar consciência e querer fazer algo pra melhorar. Mas, obviamente, isso tudo atrelado à outros fatores.O que quero dizer é que, atualmente, acredito que qualquer meio que incentive ou, pelo menos, faça o jovem pensar sobre assuntos supostamente sérios é válido. E, a maneira mais comum de fazer que o jovem tenha interesse pelos mesmos é através do humor. Portanto, como o próprio CQC costuma se referir: humor com seriedade.
Quem assistiu o programa ontem, ou leu reportagens recentes, sabe que foi decretada a lei eleitoral que proíbe que programas de TV e rádio “degradem ou ridicularizem” os candidatos. Ou seja: foi decretada uma lei que censura e vai contra uma das leis mais importantes, que é a da Liberdade de expressão. Mas tudo bem, nós já estamos acostumados com essa constante contradição entre as leis brasileiras. Uma outra contradição é que jornais e revistas também fazem humor com o assunto, através de charges por exemplo, e não sofrerão nenhum tipo de punição (lê-se multa absurda), já que a lei não se aplica aos outros meios de comunicação.
De qualquer forma, o lamentável é, em pleno século XXI, nos depararmos com um mecanismo de censura no poder! Quanto regresso, Brasil. Depois de tanta resistência e luta, de gerações passadas, pela tal da liberdade, continuam nos calando. Isso pode parecer sem importância agora. Ou, talvez, você mesmo nem se sinta censurado. Eu só penso que nenhum passo para trás estimule algum tipo evolução e que, devemos sim nos importar. Nos importar com o que nós mesmos pensamos, com o que acontece enquanto você se diverte, com o que pretendem fazer com tudo o que já foi feito. A censura impõe limites. Mas ela precisa ter limites, ou voltaremos a viver numa ditadura novamente.
E isso, mais do que nunca, depende do interesse e seriedade de cada um na hora de votar. Com humor ou não, é hora de abrir os olhos, e também a mente.
Pra finalizar o post, deixo aqui a sábia frase de Marco Luque, em seu momento de lucidez durante o programa (hahahaha): "Se querem que a gente pare de fazer humor, parem de fazer a gente de palhaço."